Voltei aqui pra falar sobre como ingredientes simples, de casa mesmo, me ajudaram a mudar completamente a minha visão sobre autocuidado e cosméticos.

Acho que a primeira experiência nessa linha foi com a minha avó, no quintal da primeira casa onde morei. Tenho essa imagem nítida na cabeça: era dia, fazia calor, eu provavelmente estava comendo abacate – e como sempre fui (e sou) muito cabeluda, certamente estava descabelada. Nesse cenário meio bagunçado e carinhoso, minha vó me ajudou a passar parte daquele abacate no cabelo, como um jeito de hidratar os fios.

(a imagem é dessa época, estou na mesma casa da minha memória e com, provavelmente a mesma idade.)

Foi a primeira vez que eu passei comida no corpo – de propósito, rs. Mas com certeza estava longe de imaginar que seria só a primeira de muitas.

Desde então, toda vez que ouvia alguém falar de um “hack” de beleza com algum alimento, eu me sentia estranhamente empolgada pra testar. Já fui de maionese no cabelo, mel no corpo, chá de camomila pra acalmar a pele…

Teve até uma fase em que fiquei quase um ano lavando o cabelo só com bicarbonato e vinagre de maçã (já adianto que não funcionou tão bem assim, mas valeu pela experiência).

A verdade é que brincar com essa fronteira entre o que se come e o que se passa no corpo me abriu um mundo de possibilidades. Passei a olhar pra comida com outros olhos. Quase tudo virou potencial cosmético.

Foi só mais tarde que consegui elaborar melhor uma frase que ouvi certa vez, e que ficou ecoando em mim: “A pele é a nossa grande boca.” Porque, assim como a boca, a pele também se alimenta – ela absorve, digere, leva coisas pra dentro. O que a gente passa nela também vai parar lá dentro, na corrente sanguínea.

Seja pela boca ou pela pele, alimentos ricos e saudáveis estão disponíveis pra nos fazer bem e se quiser se arricar, brinque com essa possibilidade.