Abro a cozinha e sinto um cheiro que já vem com memória.

Óleo de coco.

Daqueles de vidro âmbar, com colher de pau mergulhada até a metade.

Durante anos, ele foi só isso pra mim: ingrediente. Ia pra panela, dava sabor ao arroz, untava forma de bolo.

Mas um dia — desses em que o corpo pede silêncio — ele virou outra coisa.

Virou cuidado.

Comecei passando nos lábios, só pra ver como era.

Depois nas mãos.

No dia seguinte, tava hidratando o corpo inteiro.

Na semana seguinte, massageando o couro cabeludo antes do banho.

E em pouco tempo, entendi: comida também é cosmético.

O óleo de coco é desses ingredientes que atravessam as fronteiras. Alimento que nutre por dentro e por fora.

Cosmético natural que entende a pele sem invadir. Hidrata sem sufocar, perfuma sem agredir, cuida sem fazer alarde.

Na Urucum, a gente tem ele como um dos nossos essenciais. Base de fórmulas, toque final de alguns produtos, alma de outros tantos.

Porque ele traz tudo o que acreditamos: simplicidade, potência e afeto.

O mais bonito do óleo de coco é que ele não precisa de muita coisa pra funcionar.

Só precisa de pele. De tempo. De intenção.

Talvez seja por isso que ele funcione tão bem como cosmético. Porque ele não começa na prateleira do banheiro.

Começa na cozinha.

No afeto.

Começa no cotidiano.

E o cuidado mais profundo, a gente sabe… É aquele que nasce de dentro.

E vai ficando.